O setor de geração distribuída solar no Brasil iniciou 2025 em ritmo acelerado, com a adesão de 298 mil novas unidades consumidoras entre janeiro e março. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e mostram que, nesse período, foram instalados 195 mil novos sistemas fotovoltaicos, que juntos somam 2,15 GW de potência adicionada à matriz elétrica nacional.
Do total de consumidores, 163 mil optaram pela instalação no próprio imóvel — modelo conhecido como geração na unidade consumidora. Outros 133 mil aderiram ao modelo de autoconsumo remoto, que permite gerar energia em um local diferente do ponto de consumo.
Residências lideram a expansão
O crescimento foi impulsionado, principalmente, por clientes residenciais, que representaram 240 mil novas conexões no trimestre. Também houve avanço nos segmentos comercial (33 mil unidades), rural (20 mil) e industrial (3 mil).
Com o avanço registrado, o país chegou a 38 GW de capacidade instalada em geração distribuída solar, com 3,4 milhões de sistemas em operação e 5 milhões de consumidores conectados até o fim de março.
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) projeta que, até o fim do ano, o Brasil deverá adicionar mais 8,5 GW de potência operacional nessa modalidade.
Destaques por estado e município
Entre os estados, São Paulo liderou o crescimento, com mais de 80 mil novas unidades consumidoras e 31 mil sistemas fotovoltaicos instalados, somando 274 MW de capacidade. Também se destacaram Mato Grosso (29,8 mil UCs), Minas Gerais (20 mil), Pernambuco (16,4 mil) e Goiás (15,1 mil).
Novas unidades consumidoras com energia solar no 1º trimestre de 2025 (por estado):
- São Paulo: 80.986
- Mato Grosso: 29.832
- Minas Gerais: 20.002
- Pernambuco: 16.407
- Goiás: 15.191
No recorte municipal, o destaque foi Chapada dos Guimarães (MT), com 10.644 novas unidades consumidoras abastecidas por 68 sistemas que totalizam 3,3 MW de potência instalada.
Novas unidades consumidoras com energia solar no 1º trimestre de 2025 (por município):
- Chapada dos Guimarães (MT): 10.644
- Campinas (SP): 6.278
- Santa Bárbara D’Oeste (SP): 5.337
- São José do Rio Preto (SP): 5.179
- Serra Azul (SP): 4.430
Com esses resultados, o país reforça sua posição como um dos principais mercados de energia solar no mundo, com destaque para o crescimento descentralizado e o protagonismo das residências no avanço da transição energética.