A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) divulgou seu ranking anual sobre o desempenho das distribuidoras de energia no Brasil. Em 2024, os consumidores ficaram sem energia por uma média de 10 horas e 14 minutos ao longo do ano, uma leve melhora de 1,7% em relação a 2023.
Além disso, a frequência das interrupções caiu de 5,15 para 4,89 vezes por consumidor, uma redução de 5%. A agência atribui essa melhora a novas regras de qualidade no fornecimento e incentivos tarifários.

Compensações aos consumidores
Apesar da redução nas interrupções, as distribuidoras tiveram que pagar R$ 1,12 bilhão em compensações a 27,3 milhões de consumidores em 2024, um aumento em relação aos R$ 1,08 bilhão pagos a 22,3 milhões de clientes no ano anterior. O valor é automaticamente descontado na fatura de energia, sem necessidade de solicitação.

Ranking das distribuidoras
A ANEEL também divulgou o ranking de desempenho das distribuidoras com base no Desempenho Global de Continuidade (DGC). As empresas foram divididas em dois grupos:
Distribuidoras de grande porte (mais de 400 mil consumidores)
- 1º lugar: CPFL Santa Cruz
- 2º lugar (empatadas): Energisa Paraíba e Energisa Rondônia
- Maior evolução: Neoenergia Brasília (+9 posições)
- Maiores quedas: Enel-RJ, Enel-CE e RGE (-6 posições)
Distribuidoras de menor porte (até 400 mil consumidores)
- 1º lugar: Pacto Energia (PR)
- 2º lugar: Empresa Força e Luz João Cesa (SC)
- 3º lugar: Muxfeldt Marin e Cia Ltda (RS)
- Maior evolução: Chesp (GO) (+6 posições)
- Maiores quedas: Eletrocar (RS) (-5 posições)
Algumas empresas retornaram ao ranking após ajustes metodológicos, como Energisa Rondônia e Equatorial Piauí, enquanto outras, como Amazonas Energia e Roraima Energia, ficaram de fora devido a flexibilizações nos limites estabelecidos pela ANEEL.
O ranking, publicado anualmente desde 2012, busca incentivar a melhoria contínua dos serviços prestados pelas concessionárias de energia.
