Alta demanda foi impulsionada pelo uso de ventiladores e ar-condicionado, além do crescimento do mercado livre
O consumo de energia elétrica no Brasil atingiu 77 GW médios em fevereiro de 2025, registrando um crescimento de 4,9% em relação ao mesmo mês de 2024. O principal fator para esse aumento foi o calor acima da média, que elevou o uso de equipamentos de climatização em residências e empresas.

Mercado regulado e mercado livre em alta
🔹 Mercado regulado: registrou um avanço de 5,5%, puxado pelo maior consumo em residências e pequenos negócios, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
🔹 Mercado livre: teve um crescimento de 4,0%, impulsionado pelo calor, pelo aumento da atividade industrial e pela migração de novos consumidores. Somente em fevereiro, 2.443 unidades consumidoras passaram para o ambiente de contratação livre, um salto de 74% em relação a fevereiro de 2024. No acumulado do ano, 5.461 novas cargas migraram, representando um avanço de 41% na comparação anual.
Setores que mais consumiram energia
Entre os 15 setores monitorados pela CCEE, os que tiveram maior crescimento de consumo em fevereiro foram:
📈 Serviços: +8,6% (reflexo do uso intenso de ar-condicionado em escritórios, hotéis e estabelecimentos comerciais).
📈 Saneamento: +8,1% (impulsionado pela migração de empresas para o mercado livre após o novo marco legal do saneamento).
📈 Minerais não metálicos: +7,8% (associado à recuperação da atividade industrial).
Já os setores que reduziram o consumo foram:
📉 Telecomunicações: -7,0%
📉 Transporte: -3,1%
📉 Químicos: -1,4%

Consumo por região
📍 Sudeste e Sul: todos os estados registraram crescimento no consumo, com Espírito Santo (+15,1%) e Rio de Janeiro (+13,4%) liderando, devido ao calor intenso.
📍 Norte, Nordeste e Centro-Oeste: em alguns estados, as chuvas reduziram a demanda por energia. Os maiores recuos foram no Amapá (-10,5%) e Rondônia (-6,1%).
Com as temperaturas elevadas e a crescente migração para o mercado livre, a tendência é de que o consumo de energia continue em alta nos próximos meses.
