A energia solar tem se consolidado como uma das principais alternativas renováveis na matriz energética brasileira. No entanto, o setor enfrenta desafios como oscilações nos custos, mudanças regulatórias e a necessidade de soluções mais eficientes para garantir a viabilidade dos projetos.
A geração centralizada tem sido diretamente impactada pelo cenário econômico e regulatório, exigindo maior adaptação de empresas e investidores. Nesse contexto, o armazenamento de energia surge como uma alternativa promissora para garantir mais estabilidade ao sistema elétrico.
Qualidade e suporte como diferenciais
De acordo com especialistas do setor, fatores como qualidade e bancabilidade são essenciais na escolha de um fornecedor. No entanto, o suporte técnico e operacional pode fazer a diferença.
“Trabalhar junto aos clientes desde o desenvolvimento do projeto, oferecendo assessoria técnica e acompanhando todo o processo logístico, desde a inspeção na fábrica até a importação, garante mais segurança e otimização do investimento”, explica um profissional da área.
A proximidade com os clientes tem sido um diferencial para consolidar a credibilidade de empresas do setor.
“A construção de confiança exige mais do que bons produtos. Um atendimento técnico especializado e acompanhamento contínuo fortalecem a relação com os parceiros”.
Desafios e oportunidades no setor solar
A reintrodução do imposto de importação para módulos fotovoltaicos, a redução dos incentivos de exportação da China e a volatilidade do câmbio têm impactado diretamente os investimentos no setor. Essas mudanças levaram algumas empresas a adiar ou reavaliar projetos.
“Muitos contratos já assinados continuam em execução, pois precisam ser cumpridos conforme os PPAs (Power Purchase Agreements). No entanto, alguns investidores estão aguardando melhores condições de mercado antes de avançar com novos projetos”, afirmam especialistas.
Por outro lado, existem oportunidades que podem equilibrar o cenário.
“A queda nos preços dos painéis tem ajudado a reduzir o CAPEX dos projetos, compensando parte dos desafios financeiros. Além disso, a regulamentação do armazenamento de energia no Brasil cria novas possibilidades de investimento, especialmente com a entrada dos leilões de baterias”.
Perspectivas para o armazenamento de energia
O segmento de armazenamento já é uma realidade em diversos mercados globais, mas no Brasil ainda está em fase de estruturação.
“O setor de storage tem avançado rapidamente e deve ganhar mais espaço nos próximos anos. No entanto, garantir um suporte técnico robusto, semelhante ao dos módulos fotovoltaicos, será essencial para o crescimento dessa área”.
Projeções para 2025 e expansão na América Latina
Para 2025, o mercado brasileiro deve permanecer estável ou apresentar uma leve retração, devido aos desafios regulatórios e ao impacto do curtailment na geração centralizada.
“Apesar disso, o Brasil continua sendo um mercado estratégico, com grande potencial de crescimento no longo prazo”.
Além do Brasil, empresas do setor acompanham oportunidades em outros países da América Latina.
“A Colômbia tem atraído mais investidores para o setor solar, enquanto o México pode passar por uma retomada das energias renováveis. Já o Chile, que possui um mercado mais consolidado, tem avançado no armazenamento de energia e pode servir de referência para o Brasil nessa transição”.