Debate sobre aumento nas tarifas de energia em São Paulo será retomado na próxima reunião da agência reguladora
A diretoria da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) adiou a votação que homologaria o índice de reajuste tarifário anual da CPFL Paulista (Companhia Paulista de Força e Luz), que vigoraria com efeito imediato. Após uma longa discussão, que chegou a envolver acordos judiciais, o diretor Fernando Mosna solicitou vistas. Ainda assim, três diretores haviam se manifestado favoravelmente ao aumento.
O reajuste proposto prevê um efeito médio de 4,56% nas contas de luz dos consumidores atendidos pela concessionária, sendo 2,24% para consumidores de alta tensão e 5,58% para os de baixa tensão. A CPFL Paulista atende mais de 230 municípios no estado de São Paulo. Já o Grupo CPFL, do qual a empresa faz parte, está presente em cerca de 700 municípios nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.
A diretora-relatora, Agnes Costa, votou pela homologação do reajuste, além da fixação das TUSD (Tarifas de Uso do Sistema de Distribuição) e das TEs (Tarifas de Energia Elétrica) aplicáveis aos consumidores e usuários da CPFL Paulista. Também foi homologado o valor mensal de repasse da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) à concessionária, via CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), para custear os descontos tarifários.
O voto da relatora foi acompanhado pelo diretor-geral da ANEEL, Sandoval Feitosa, e pela diretora Ludimila Silva. O diretor Ricardo Tili não antecipou seu posicionamento. A expectativa é de que o processo retorne à pauta na próxima reunião pública ordinária da agência reguladora, agendada para terça-feira (15).
ENERGISA
Já o reajuste anual da distribuidora EMS (Energisa Mato Grosso do Sul) foi aprovado por unanimidade pela diretoria da ANEEL. Em processo também relatado por Agnes Costa, foi autorizada a alteração, que representará um aumento médio de 1,33% nas tarifas, sendo 3,09% para consumidores de alta tensão e 0,69% para baixa tensão.