O setor de energia solar fotovoltaica no Brasil iniciou 2025 mantendo um ritmo acelerado de fusões e aquisições (M&A). Segundo o boletim da consultoria Greener, foram registradas 15 transações no primeiro trimestre, o que representa um aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2024.
A principal força por trás desse crescimento é a geração centralizada (GC), responsável por sete das oito operações envolvendo usinas solares. Isso representa mais que o dobro das transações de GC registradas no início de 2024. No total, as negociações envolveram 42 usinas, entre projetos de GC e geração distribuída (GD), somando 1,1 GWp de potência instalada.
Estratégia ganha espaço nas decisões de compra
Mais do que o volume, a Greener destaca uma mudança relevante no perfil dos negócios: 43% das transações envolveram empresas de serviços de energia, como automação, infraestrutura, monitoramento, smart grids e soluções de IoT. Isso mostra que o setor está cada vez mais atento a operações com valor estratégico e sinérgico.
A composição dos investidores também reforça essa tendência: 58% atuam na geração ou comercialização de energia, buscando ampliar ou diversificar seus portfólios.
Sinais de um ano promissor
Apesar de 2024 ter concentrado quase metade de todas as transações desde o início da série histórica em 2022 (foram 44% do total), os dados iniciais de 2025 já indicam um movimento robusto e contínuo no setor.
Segundo Nathan da Rosa, consultor da Greener, as aquisições recentes mostram uma busca cada vez maior por reestruturação de ativos e aquisição de know-how, com foco em eficiência e consolidação no mercado.