Setor solar ultrapassa 1,6 milhão de empregos no Brasil e segue em expansão
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Nos últimos 12 meses, a fonte fotovoltaica criou cerca de meio milhão de novos postos de trabalho

O setor de energia solar atingiu 1,6 milhão de empregos gerados no Brasil desde sua implementação, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) nesta terça-feira (18).

Nos últimos 12 meses, entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025, a fonte solar foi responsável pela criação de aproximadamente 500 mil novos postos de trabalho, impulsionada pelo crescimento da geração distribuída e centralizada.

Atualmente, a capacidade instalada da energia solar no Brasil soma 54 GW, sendo 36,35 GW em geração distribuída e 17,64 GW em geração centralizada.

Esse avanço consolidou a energia solar como a segunda maior fonte da matriz elétrica nacional, representando 21,9% da capacidade total, atrás apenas das hidrelétricas, que possuem 109,9 GW operacionais (44,6% do total).

Investimentos e benefícios para a economia

Além da geração de empregos, o setor solar tem impulsionado a economia brasileira com:

  • R$ 245,1 bilhões em investimentos acumulados
  • Mais de R$ 76 bilhões em arrecadação de tributos
  • Redução de 65,6 milhões de toneladas de CO₂ na geração de eletricidade

Segundo Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, a energia solar seguirá crescendo e desempenhando um papel estratégico no desenvolvimento sustentável do país.

“Com a combinação de tecnologias como armazenamento e hidrogênio verde, o Brasil pode, em pouco tempo, gerar milhares de novos empregos verdes e criar mais oportunidades para a população”, destacou.

Desafios para o crescimento do setor

Apesar do avanço expressivo, o setor ainda enfrenta desafios, como a recusa de distribuidoras em conectar novos sistemas, alegando inversão de fluxo de potência na geração distribuída.

Além disso, grandes usinas solares têm sido impactadas por restrições de geração de energia (curtailment ou constrained-off), limitando a plena operação dos empreendimentos.

Mesmo assim, o setor segue como peça-chave para a matriz energética brasileira, garantindo crescimento econômico, sustentabilidade e geração de empregos.

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